Pessoas queridas,

por motivos profissionais óbvios, estou migrando esse blog para o Windows Live Spaces.
O novo endereço segue abaixo:

http://rangeldi.spaces.live.com/

Aleikum Salam,
Dri.

Qana

Esse é o nome, em Árabe, da cidade onde Jesus transformou água em vinho.

Ironicamente, é a cidade Libanesa onde Israel cometeu mais um crime de guerra, transformando criancinhas vivas em massas inertes, sangrentas.

Eu NUNCA vou me esquecer das imagens acima. Dessas e de muitas outras criancinhas mortas no Líbano. Elas já são mais de 200. Elas podiam ser a minha Carolina. Elas podiam ser qualquer um dos nossos filhos. Muito egoisticamente, eu também não quero que vocês se esqueçam.

Guerra não é uma abstração que acontece no Jornal Nacional. Aliás, isso aqui não devia ser classificado de guerra. Guerra é quando nações lutam umas contra as outras. Isso aqui é um país - Israel - supostamente atacando um grupo guerrilheiro - Hesbollah. Supostamente!! Porque até agora o que eles mais alvejaram foi, na ordem de importância:

1. Crianças
2. Mulheres
3. Idosos
4. Civis inocentes
5. Abrigos da ONU
6. Hospitais
7. Escolas
8. Silos de alimentos
9. Pontes

Do Hesbollah mesmo não morreu quase ninguém. Aliás, eles se concentram no sul do Líbano. Então, qual a justificativa dada por Israel para bombardear o Norte do Líbano. Para bombardear e matar observadores da ONU e outros quase 500 civis?

Graças aos Estados Unidos, os crimes de guerra cometidos nos útimos dias por Israel ficarão impunes. Todos os ítens da Convenção de Geneva que foram desrespeitados ficarão para sempre ignorados.

Mas eu não vou esquecer, ou perdoar. NUNCA.

Saudades

Sim, estou com saudades da mamãe. Muitas!!
Mas não é dessas saudades que quero falar.

Estou com saudades de não fazer nada. De passear. De ir à praia.
De passar mais tempo com a Fofinha. De namorar o Gui.
De sair com os amigos e jogar conversa fora.
De deitar no sofá e ver TV. De dormir até tarde.
De sentar à beira da piscina e ler por 4 horas direto, sem preocupações.
De passar 2 horas inteiras na academia. De jogar tênis ou squash.
Saudades de ter tempo pra viver o que importa mais.

Saudades de mim mesma.

...................

Enquanto isso,
Fui ao Líbano pela primeira vez. Grande revelação.
Você sabia que o Brasil tem 8 milhões de libaneses/descendentes de libaneses?
Eu sabia.
Mas não entendia o porquê.

Nessa viagem eu descobri: o estado de São Paulo – praias e montanhas inclusos – é exatamente uma cópia do Líbano. IGUALZINHO!! Juro!

Então, eles vão pro Brasil e se sentem completamente em casa.
Aliás, nunca vi tanta bandeira do Brasil fora do Brasil. Até podia ser por causa da Copa, mas não era.
E como eu sei? As bandeiras ficam nos topos das casas libanesas. Velhinhas. Desgastadas pelo tempo e a chuva. Pra eles, o Brasil representa uma extensão de suas famílias. Um outro lar.
Prova disso é que meus colegas de origem árabe precisam requisitar visto antes de entrar no Líbano. Eu não. Como sou brasileira, passo direto. Sou de casa.

(No próximo post coloco uma foto. É que ainda não fiz o download da câmera.)

No dia 17 vou pra Orlando, FL, USA. Mais uma chance preciosa e certeira de ser pega na checagem randômica (my ass!!) do aeroporto. Delícia!! Nada como ser latina vindo do Oriente Médio. Se eles não me pararem vou achar que estão ficando relaxados demais...

35” do 2º Tempo

Eu só queria que o Parreira me explicasse porque foi que ele só deixou para fazer as devidas substituições quando já era tarde demais. Enquanto isso nenhuma bola chegava aos pés hábeis do Ronaldo “Gordinho” Fenômeno.

E o Ronaldinho que não jogou P... nenhuma?!

E por que justo da França? Hein, hein?!!

Ou Deus tem predileção por esses morféticos ou, ainda pior, estamos sendo castigados. Pra 1998 eu não tenho explicação mas, dessa vez, acho que sei: a gente elegeu o Lula.

Aliás, vem daí o meu único conforto nessa história: talvez as massas, não mais enebriadas por vitórias na copa, escapem de re-eleger essa corja.

.......

Depois de passar quase o dia todo repetindo a mesma ladainha para os colegas de trabalho indignados – “O Brasil não aguentou a pressão de levar um gol justo da França.” “O Parreira devia ter tirado o Cafu e colocado o Robinho bem antes.” “Faltou meio-de-campo pra ajudar o ataque na finalização.” “O Kaká e o Ronaldinho não estavam jogando nada.” “O Zidane jogou que foi uma beleza.” “A gente não pode ganhar todas afinal. Já fomos campeões 5 vezes!” – fui convidada pra uma partida de pebolim (totó, pra Mineiros e Cariocas).

Sem Parreira. Ronaldos. Thierry e Zidane. Contando apenas com o expertise da minha parceira – uma indiana/árabe, grávida!!, mãe de uma filhinha de 4 anos – no ataque, surramos o adversário: o estagiário holandês pentelho, que me encheu o saco a manhã toda; e a auxiliar de marketing magrela e linda (a cara da Fernanda Lima, a maldita!!), que teve a ousadia de me dizer, assim que cheguei, que “Brazil sucked big time yesterday!!”.
Foram 10x6, 10x4.

Alma lavada!! Já posso ir pra casa tranquila e esperar por 2010.

Tudo de novo...

É assim que eu me sinto depois de tantos acontecimentos intensos: a vida volta ao normal. Uma normalidade da qual nem sei se gosto muito.

Depois de uma verdadeira novela mexicana - com direito a vôo perdido e horas de telefonemas e andanças pelo aeroporto, no intuito de conseguir um novo vôo o mais cedo possível - mamãe retornou ao Brasil.

A casa fica tão vazia sem ela!! E a Fofis pergunta, toda noite: vovó num vem dumi com a Calol? A vovó tá no Basil? Eu quelo ir no Basil bincá con a vovó...
...e o meu coração fica ainda mais partido.

Na Microfofo o corre-corre ainda não arrefeceu. A despeito da linda Vista lá fora, com direito a sol brilhando e pássaros cantando, aqui dentro continua o frio Siberiano do ar-condicionado e mil planos para os lançamentos do Windows Vista (Sim, senhoras e senhores!! DOIS lançamentos. E nada de Natal na terrinha Brasilis no fim do ano.).

Ainda bem que hoje é dia de jogo do Brasil. Nada como ter motivo para sofrer por coisas diferentes!! A galera vai pra casa do Michael e da Camila (galera = + de 45 neguinhos de verde-e-amarelo) já às 3:00 da tarde. Muito churrasco e cerveja a título de preparação emocional para o jogo, apenas 8 horas mais tarde, às 11:00 da noite. Je suis sûr: Dieu est Brésilien!! Melhor que seja!!!
Eu saio daqui por volta das 20:00 - Uncle Bill permitindo - pra me juntar à festança.

Amanhã, Windows Vista Readiness no Qatar. Bate-e-volta. Apresentar o produto e suas vantagens, benefícios, truques etc, é uma das coisas que me fazem mais feliz no trabalho. Compensa toda a canseira. Sem falar que o Vista é do C@R@($O!! Coisa Linda de Deus!!

Enfim, é wilson! E que vençam os melhores Brasileiros!!

Au revoir pessoas.

As Belas Mulheres do Mundo

No último mês e meio - com maravilhosas exceções - vivi um inferno proporcionado pela querida Microfofo.
Adoro trabalhar na Microsoft, mas a época de planejamento é um verdadeiro inferno.

Fiquei sem falar com amigos, família e, por pouco, não deixei de ver a Fofinha, o Gui e a minha mãezinha querida que está passando seus últimos dias aqui.
Isso é bem grave, considerando-se que nasceram os filhinhos da Fabi & Roncho e da Cris & Micha, e eu nem dei as caras. Coisa feia!!

Pra completar, tivemos que mudar de casa e achar uma nova babá pra Fofis.

Entre as coisas muito boas - verdadeiros oásis no deserto - estiveram nossa viagem para Fujeirah e todos os outros momentos que passamos em família. (fotos em breve!!)

Outro período dígno de nota: os quatro dias que passei no Cairo durante o Encontro Mundial de Mulheres - também conhecido com o "Davos for Women". As fotos ao lado retratam um pouquinho dessa aventura.
Durante esses dias também ocorreu o encontro anual de executivas da Microsoft. Foram 115 mulheres da Microsoft, mais 900 mulheres de todo o mundo, dividindo experiências profissionais de liderança, e sabedoria emocional do gênero feminino, tão preocupado em exercer com competência e ternura os vários papéis de mãe, esposa, filha, empresária, funcionária, líder, organizadora doméstica etc.

Esses poucos dias vão contar, pra sempre, como alguns dos mais relevantes da minha vida. Fui exposta à sabedoria acumulada de tantas mulheres lindas - no exterior e na essência - vindas dos lugares mais inexperados.
As americanas Joanne, Debra, Gerri, Melinda, que demonstraram que é possível ocupar um lugar no topo corporativo sem perder a humanidade, a ternura e a intuição.
As francesas Elizabeth e Annette, que viram beleza no que havia de mais feio, pobre e desumano no Cairo, e que acolheram como amigos os vendedores truculentos de souvenirs.
A canadense Marie, que dividiu a história de uma vida inteira de 46 anos, do amor pelo marido e os filhos crescidos (apesar de ela parecer ter uns 22 anos...), da carreira feliz na Alcan, da mudança pra vários países etc, tudo no espaço de um jantar sobre o Nilo.
A indiana Farah, que tirou toda a família da miséria literal ao começar um negócio de echarpes feitas a mão, que agora ela distribui com uma sócia japonesa - a reservada Kiko - pelo mundo inteiro.
A etiopense Beatrice Wamalwa que, a partir da improvável oportunidade como modelo internacional, juntou-se à US Aid e agora ajuda meninas muçulmanas na África a terem uma vida melhor e com esperança de futuro.
A egípcia Odette Iskander que, no meio de duas vice-presidentes de multinacionais americanas (Microsoft e Cisco) deu conselhos de uma sabedoria surpreendente e assustadora - de tão grande!! - que nos mantiveram mesmerizadas por vários minutos - arrancando aplausos e lágrimas de todas nós.
A impressionante presidente do Encontro, e congressista Americana - Irene Natividad. Um dínamo de mulher baixinha, com uma vóz de trovão e a energia de um sol, que entre muitas coisas sensacionais afirmou, para o presidente egípcio e demais dignatários e ministros do sexo masculinos do mundo todo, lá presentes: "Nós mulheres não somos melhores ou piores que os homens. Somos apenas diferentes. E merecemos uma chance de liderança para tentarmos fazer um mundo diferente. Afinal, considerando-se o mundo que foi moldado pelos homens, não há como fazer pior."

A lista podia se alongar por muitas linhas.
Foram tantas as mulheres maravilhosas que conheci, e tanto que elas me ensinaram...
... essas Lindas Mulheres do Mundo.

Salam Aleikun!

Mommy is Home!!

Coisa boa que é a mãe da gente...

Estou pagando por essa verdade há dias: passamos a noite inteira da quinta-feira - quando ela chegou - conversando. Dormi das 06:30 às 9:00 apenas, e não recuperei o sono até hoje.

Em compensação, comer arroz com feijão e mistura, feitos pela mamãe, é melhor que qualquer anúncio da Mastercard. NÃO TEM PREÇO MESMO!!!

Problema

E lá se foi a babá. E não foi fácil. A Carolina gostava muito dela. Ela, muita mais ainda da Carolina.
Como pessoa, eu também gostava bem dela. Mas há coisas que não dá pra relevar...

O ponto é que, com a ida dela, me lembrei de uma coisa interessante a respeito dos Filipinos: eles foram colonizados por espanhóis. Enquanto eles conversam na língua oriental deles, uma ou outra palavra em espanhol se sobressaem: trabajo e problema .

A conclusão é uma só: antes dos espanhóis eles não tinham trabalho. Mas também não tinham problema.

Isso é sabedoria oriental pura, que vejo refletida na minha vida nesse exato momento: estou presa em uma sala de reuniões há 6 horas, com mais 3 horas de reunião estimadas. É o segundo dia assim. A gente não saiu nem pra almoçar. O almoço veio a nós. O mês de planejamento na MicroFofo é assim mesmo: muito trabalho - muito problema.

Salaam Pessoas!!

PS - Mamãe chegou aqui. A seguir fotos e detalhes desse evento MARAVILHOSO!!!